terça-feira, outubro 05, 2010

Pagando língua!

Por que é que a gente sempre paga língua, especialmente daquilo que a gente jurava de pé junto que nuuuunca iria acontecer com a gente?! Depois que me tornei mãe então, vivo pagando a minha língua maldita!
Lembro-me que quando atendia uma mãe no consultório que não lembrava a data de nascimento do filho ou não sabia se ele já tinha tido catapora ou não, eu ficava indignada!! Essa semana aconteceu a mesma coisa. Perguntei a data de nascimento da criaturinha e a mãe com aquela cara de quem não se lembra mais nem o que comeu no almoço, respondeu:
_ Peraí doutora, deixa eu pegar o documento.. são tantos filhos (eram três)tanta coisa pra fazer que eu já tô confundindo tudo...
Na hora me lembrei que minha irmã me perguntou recentemente quando o Igor começou a engatinhar e eu tive que me esforçar pra lembrar. Lembrei ainda do livro do bebê que se eu não tomar vergonha e parar de protelar ( como uma autêntica mãe TDHA eu prometo pra mim mesma que farei isso nesse feriado! Sobre o TDAH escrevo depois) e preencher tudo o que falta correrei o sério risco de ter que inventar algumas coisas ou pelo menos pedir ajuda da vovó, titia, papai, enfim... Limitei-me a respoder para a mãe:_ Eu te entendo, é assim mesmo. Eu só tenho um e já estou assim..
Outra coisa que já paguei e sei que ainda pagarei muuuito: menino dando birra! Sempre que via uma cena dantesca de uma criança dando birra no supermercado, shopping ou qualquer outro lugar público e os pais com a cara envergonhada, estáticos, pensava logo: "Isso nuuunca vai acontecer com filho meu!" Ah, coitada!
Ledo engano. O adorável não só dá birra como aprendeu a cuspir. Mas não é só no chão não... é nos outros. E o que fazer para que ele entenda que isso é muuuuito feio, inadmissível mesmo? Minha pseudo psicologia ainda não está muito efetiva! Paguei língua de novo!
Quem nunca pagou língua depois que pariu, adotou, engravidou, enfim, tornou-se màe é que atire a primeira pedra. Se alguém quiser compartilhar a pagação de língua, não se intimide não!

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